12 EPI para trabalho em altura indispensáveis

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A queda é o risco mais temido pelo profissional que trabalha em altura. Mas não é para menos: no Brasil, segundo o Ministério do Trabalho, 40% dos acidentes de trabalho envolvem quedas. Se você trabalha em altura sabe a tensão que é trabalhar e estar exposto a um risco que pode ser fatal. Por isso, o EPI deve ser seu melhor companheiro. Nesse artigo, você vai conhecer 12 EPI para trabalho em altura. 

Por que usar EPI para trabalho em altura?

No Brasil, um trabalhador morre por acidente de trabalho a cada 15 segundos.. A ausência dos equipamentos de segurança e a falta de treinamento estão entre as principais causas. Trabalhar em altura é estar exposto ao risco de queda. Infelizmente, a queda é o acidente de trabalho que tem um alto índice de letalidade. E é por isso que a NR35 existe. 

A NR35 é a norma regulamentadora que determina as condições mínimas para um trabalho em altura seguro. Além do planejamento e a organização, uma das principais medidas de proteção que a norma determina é o uso de Equipamentos de Proteção Individual. 

A norma tem um caráter de obrigatoriedade, ou seja, trabalhar em altura e não estar em conformidade com a NR35 é ilegal. O empregador pode responder judicialmente, além de arcar com penalidades. 

Mas o mais importante é: terminar o trabalho em segurança e continuar vivo. O maior benefício que a NR35 pode trazer para você é a possibilidade de preservar sua integridade física. Para que isso aconteça, você precisa usar os EPI específicos para trabalho em altura. 

Vamos agora conhecer os 12 EPI para trabalho em altura: 

1 – Cinto de Segurança tipo Paraquedista

O cinto de segurança tipo paraquedista é um sistema de proteção contra queda. Ele fica preso ao corpo e sua função é minimizar os riscos de queda, caso aconteça algum desequilíbrio ou fatalidade. É ideal para atividades em torres, postes, andaimes e telhados.

Cinto de Segurança tipo Paraquedista

 

Além disso, ele também é um recurso para a conexão de outros equipamentos, como o trava queda, por exemplo. 

O modelo do cinturão deve se adequar a finalidade do seu trabalho. Por exemplo, para atividades onde você ficará suspenso, o modelo de cinturão que você deve escolher precisa de um dispositivo de suspensão e sustentação e ter alças acolchoadas nas pernas e lombar. 

Tipos de conexão do cinturão de acordo com sua finalidade:

  • Argola dorsal e peitoral: conecta dispositivos para retenção de quedas
  • Argolas laterais: conecta com o talabarte de posicionamento. Ideal para atividades onde você precisa ter as mãos livres. 
  • Alças nos ombros: usada para conectar o trapézio em atividades dentro de espaços confinados. 

 

2 – Talabarte de Segurança

O talabarte é o equipamento que, conectado ao cinturão tipo paraquedista, prende o trabalhador a um ponto de ancoragem. Ele pode reter os impactos da queda ou para posicionar os trabalhadores no local. 

Dentre os vários talabartes que você pode encontrar, 3 deles são mais comuns:

  • Talabarte simples (I): é o modelo mais leve, e por isso traz mais conforto na hora de usar. Ele tem uma única alça, ou seja, permite apenas um ponto de ancoragem.

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  • Talabarte duplo (Y): esse modelo tem duas alças, formando um Y. Por isso, ele permite ancoragem dupla. O trabalhador pode se deslocar com mais facilidade.

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  • Talabarte de posicionamento: Ele não protege contra quedas. Mas serve para posicionar corretamente o trabalhador para que ele tenha as mãos livres na hora da atividade. Para reter quedas, é preciso usá-lo com outro talabarte que tenha retenção.

Talabarte de posicionamento

 

  • Trava-Quedas 

Assim como o talabarte e trava quedas também é um dispositivo de retenção de queda. Ele é ligado ao cinturão de segurança e a um ponto de ancoragem, impedindo que o trabalhador sofra uma queda. 

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A diferença do trava quedas é que enquanto o talabarte trava e retém a queda depois de um determinado tempo, a trava quedas faz isso de forma imediata. 

 

Tipos de trava queda: 

 

  • Trava queda deslizante: permite que o trabalhador se desloque ao longo de uma linha de ancoragem. Pode ser usado em serviços em fachada de prédios, cadeiras suspensas, andaimes e em atividades com escadas maiores de 2 metros de altura. 
  • Trava queda retrátil: retrai o cabo conforme o deslocamento vertical do colaborador. É ideal para atividades em altura que precisam de movimentação vertical, e também para a carga e descarga de carretas e caminhões. 

 

  • Capacete com jugular

O capacete é uma proteção importante para a cabeça do trabalhador. No trabalho em altura, é ideal que os trabalhadores usem o capacete de segurança com jugular. Jugular é uma fita que passa por debaixo do queixo e deixa o capacete preso à cabeça. Dessa forma, o trabalhador pode fazer um movimento mais brusco sem correr o risco de perder o capacete. 

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  • Óculos de segurança

Mesmo sendo um acessório casual, os óculos também podem ser usados como equipamentos de segurança. Por ser uma área sensível, os olhos precisam de proteção no trabalho em altura. É ideal para atividades com alta exposição a raios solares, poeiras, produtos químicos, vidros, radiação, vapores, entre outros. 

Oculos de proteção

Se você já usa óculos de grau pode encontrar óculos de segurança especiais com lentes graduadas. É importante também que os óculos estejam adequados às medidas do rosto do trabalhador, para que nada entre em contato com seus olhos. 

  • Luvas de segurança

As luvas de segurança são equipamentos ideais para a proteção das mãos e dos punhos contra as lesões e os atritos que o trabalhador se expõe. Existem uma variedade de luvas, mas é preciso escolher a que mais se adequa às condições do seu trabalho.

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Elas podem ser classificadas quanto à proteção (agentes físicos ou químicos) e quanto à estrutura. As luvas de proteção física protegem contra perfurações, calor, frio ou radiações. Já as de proteção química oferecem proteção contra produtos químicos que, em contato com as mãos, podem causar danos à pele. 

Quanto à estrutura da luva, você pode encontrar luvas leves, com grande flexibilidade, as médias, que oferecem uma maleabilidade boa dando proteção moderada. Também vai encontrar as de estrutura mais pesada, espessas, com pouca maleabilidade, ideal para quem precisa de uma maior proteção contra cortes e perfurações. 

No trabalho em altura é preciso observar as particularidades da atividade que você vai executar. Além dos equipamentos de retenção e suspensão de queda, os outros membros do corpo também precisam estar protegidos. 

  • Botas de segurança 

Para evitar a queda, além dos sistemas de ancoragem e suspensão, as botas de segurança ajudam a minimizar derrapagens e torções. Além disso, ela protege os pés do trabalhar dos impactos, como queda de objetos. 

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A escolha da bota de segurança vai depender do tipo de risco que a atividade expõe o trabalhador. Os calçados de couro com biqueira de aço, por exemplo, protegem os pés nas colisões frontais, quedas de objetos e perfurações. 

  • Escadas

As escadas podem ser portáteis ou fixas. Antes de escolher a escada adequada para o trabalho em altura, é preciso fazer uma análise de risco, de acordo com as determinações da NR35. 

Escada certificada inmetro

 

As escadas individuais para o trabalho em altura devem atender os seguintes requisitos: 

  • Ser certificada
  • Ter a fabricação em conformidade com as normas técnicas nacionais
  • Ser feita por um profissional legalmente habilitado

 

  • Cordas

As cordas são equipamentos essenciais para auxiliar as ligações entre o corpo humano e outros elementos de segurança. Elas também servem para a mobilidade do trabalhador. 

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Existem uma variedade de cordas, feitas de materiais diversos. Os tipos de cordas mais comuns para o trabalho em altura são: 

 

Cordas de Fibras sintéticas: O nylon, por exemplo, é um modelo mais resistente e flexível de todos. É utilizado em resgates. 

 

Corda de Kernmantle (miolo encoberto): Esse tipo de corda tem uma camada grossa de fechos de nylon e uma capa de poliéster trançada. Em comparação às outras cordas ela tem menor elasticidade, mas o seu nível de resistência é muito grande. 

 

Corda semi-estática: Para usar esse modelo o trabalhador deve estar abaixo do ponto de ancoragem porque ela tem uma elasticidade de 2% em uma carga comum. 

Corda dinâmica: Tem o objetivo de dissipar a energia em uma queda.

  • Conectores

Os conectores são responsáveis por ligar os elementos de um sistema de proteção contra quedas. Existem inúmeros conectores disponíveis no mercado, com formatos e materiais diferentes. Os mais utilizados no Brasil são de aço ou alumínio. 

conectores de aço mosquetoes

 

Conector em aço galvanizado: Ele possui maior resistência às trincas que surgem nas quedas ou batidas. Como o preço do aço é muito competitivo, e por ser muito resistente, costuma ser o mais usado. Mas o material é pesado. 

 

Conector em alumínio: Ele é um conector mais leve, em comparação ao de aço, e tem as mesmas resistências que ele. Mas, por ser feito com uma tecnologia mais aprimorada, o preço dele no mercado é um pouco maior que o convencional. Ele é ideal para sistemas de segurança individual, como por exemplo, travando o cinto de segurança. 

  • Ancoragem

Ancoragem é uma estrutura fixa que serve como base para que o trabalhador se ancore enquanto estiver em uma atividade em altura. São ligados a essa estrutura cabos, cordas, cinto e conectores que ligam todo esse sistema. Caso os outros equipamentos de segurança falhem, a ancoragem é responsável pela sustentação do trabalhador. 

Ponto fixo estrutura

  • Polia

A polia é um equipamento que diminui a carga de trabalho quando é preciso movimentar objetos pesados. Dessa forma, o esforço humano para elevar objetos diminui, o que ajuda a diminuir os riscos de quedas e lesões. Imagina só: você, trabalhando em altura, e ainda ter que carregar uma carga pesada?!

Polia

Importante: o trabalho em altura só pode ser iniciado após uma análise de risco. É ela que vai identificar os riscos e, com base neles, determinar as medidas de prevenção e os Equipamentos de proteção que devem ser usados. 

Sobre o autor:
Marlon Pascoal Pinto

Marlon Pascoal Pinto

Instrutor de Normas Regulamentadoras Engenheiro Eletricista/Segurança do Trabalho Crea: 172.438/D MG

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